Amor não exigente
É sublime amar assim,
sem poder se ver.
É o amor manifesto
com outra expressão.
É sublime amar assim,
sem nada querer.
Talvez seja esta
uma legítima afeição.
Não nos pertencemos
e no entanto, nos temos.
Nada esperamos
e se esperamos, sofremos.
Mas, lá no cerne
do quanto nos queremos,
sobrevive a tênue esperança
de que ainda nos veremos.
São longínquas esperanças,
remotos anseios ...
mas não temos vivido
destes devaneios?
Quando o amor é grande
a gente não esquece.
Os ânimos se altercam,
a chama arrefece,
parece que vai morrer
e de repente aquece.
É que o "coração tem razões,
que a própria razão desconhece."
sem poder se ver.
É o amor manifesto
com outra expressão.
É sublime amar assim,
sem nada querer.
Talvez seja esta
uma legítima afeição.
Não nos pertencemos
e no entanto, nos temos.
Nada esperamos
e se esperamos, sofremos.
Mas, lá no cerne
do quanto nos queremos,
sobrevive a tênue esperança
de que ainda nos veremos.
São longínquas esperanças,
remotos anseios ...
mas não temos vivido
destes devaneios?
Quando o amor é grande
a gente não esquece.
Os ânimos se altercam,
a chama arrefece,
parece que vai morrer
e de repente aquece.
É que o "coração tem razões,
que a própria razão desconhece."
by Fátima Irene Pinto
14 comentários:
Me too.
Anne, poderia te dar uns conselhos pragmáticos para sua inqueitação, que aprendi com meu avô, mas o espaço não é adequado ...
Falando sério, lembrei de uma música do Milton Nascimento ...
Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Louco ou atroz
Manso ou feroz
Eu, caçador de mim
(inqueitação tem sabor de vida)
Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir as armadilhas da mata escura
Grande Milton.
Me parece grande tb seu avô Flavio.
Lú, quando meu avô casou-se em segundas núpcias com minha vodrasta, na noite de lua de mel, enquanto ela esperava incauta no leito nupcial, ele surgiu no quarto nú, usando preservativo, um prendedor no nariz e tapa ouvidos.
Minha vodrasta perguntou: mas o que é isso Felisberto ?
E ele respondeu: tem duas coisas que eu detesto, grito de mulher e cheiro de borracha queimada...
Tadinho do meu bisavô.
Fazia sem borracha.
Fez catorze.
...esse amor assim, desse jeito que os versos descrevem, a gente não sente se não tiver alguém, na outra ponta que, se não sente o mesmo, acolhe.
...minina! precisa ter um vasto repertório prá ir lá e encontrar assim, tão precisamente, aqueles versos que se adequam como luva em cada situação!
Aiiii que bom ter vocês...
Udi... sim, mas é difíiiiiiiiiiiicil!
Ernesto: :-)
Flávio: Adoro o teu avô... And you too :-)...
Anne,
Na onda da Udi (pra variar), invejo tua pontaria nas poesias... e percebi que grande parte (a maioria?) é de autora, não de autor. Certo?
Guardarei essa para momento oportuno.
Obrigada! Lindo presente!
E sobre a inquietação, depois dela costuma vir a brandura, a tranquilidade.
Beijo!
Flávio,não é a toa que ele tinha esse nome.
Amanda, talvez por que procura pessoas que digam o que quero dizer... Engraçado isso de acertar na mosca... certa vez, numa disciplina de Conversação em Inglês através da poesia, na prova pra ser mais específica, escolhi um poema para cada aluno ler e falar sobre e a 'grita' geral (30 alunos) foi "Coooooomo acertaste? Este poema tem tudo a ver comigo..." Eu enxergo "a Cara" das pessoas nos textos... Bruxice talvez... :-)
Magia Anne, magia...
Que medo!
Parabéns! Lindo dom!
AManda - Não é nem bruxice e nem magia!!! Tenho sim um poder de observação muito aguçado depois de anos e anos de docência.
Postar um comentário