Mostrando postagens com marcador Leitura. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Leitura. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 30 de março de 2012

"Good girl"


Sentir a dor alheia
Saber quais necessidades são importantes
É arte no ato de interpretar o significar
De um silêncio insistente em momentos
De pura incerteza e temor de vidas em sintonia.

© Anne M. Moor

quarta-feira, 14 de março de 2012

Palavras


Palavras e silêncios guiam a navegação.
Bulem entre si a desvendar as sinuosidades de ser.
Alusões vagueiam entre pessoas amadas
E textos imagéticos que brotam do
Significar aberto nas entrelinhas
De um estar em sintonia.

© Anne M. Moor

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Leituras



Lemos, refletimos, escrevemos, vivemos.

Lemos a escrita, os espaços em branco,
o que não foi dito

Viajamos entre letras, palavras e espaços.
Tropeçamos nos pontos e dois pontos.
Patinamos nas vírgulas e no travessão.

Deciframos a vida nos momentos ímpares
de amizade, carinho e solidariedade
de tristezas, solidão e lágrimas.

Interpretamos nossos eus nos espelhos
que se apresentam em lugares obscuros.
Refletimos sobre os porquês que gritam.

Escrevemos com paixão e medo a vida que
vivemos, enterramos e reinventamos.

Continuemos...

© Anne M. Moor

sábado, 26 de setembro de 2009

Linhas cruzadas


O falar pressupõe o ouvir -
o escutar essencial.
Causa-me estranheza
a pressa no ler entre
nós, sem o refletir –
já dizia Rui Barbosa!


Apagar incêndio parece

ter se tornado meu ofício
nos dias que passam
tirando-me a chance
do pensar, do pesquisar,
enfim, do fazer!


Colaborar uns com os outros
torna-se um fantasma do
fazer, em vez de ser a mão
a guiar o processo. Será
tão difícil o refletir no ler,
o cooperar no aprender do outro?


Desenriçar os fios das linhas
é função a aperfeiçoar no
andar da carruagem e na
acomodação das melancias.
Demo-nos as mãos para
caminhar em frente em linha unida!


© Anne M. Moor

sábado, 19 de setembro de 2009

Vozerio


Ouvir-te em meio ao vozerio
que instalado está, traz à tona
gestos, ‘olhares’, atitudes de
acolá a alvitrear a zombaria
e brincar com minha lucidez!

Descobrir-me em silêncios de
introspecção perplexa que
desvela um outro bizarro
no tumulto instaurado de
uma alma provocada!

Desvendar-te seria cavalgar
num cavalo descontrolado
que repentinamente freou!
Pensar-te em meio ao vozerio
do silêncio é sentir-te!

© Anne M. Moor

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O delírio da leitura


Começa assim.
Ler é tanta paixão!
Olhos a brincar com
as imagens sejam letras,
figuras, objetos, pessoas.
Ler é fazer senso do que se
enxerga no jornal, no livro, nas
palavras do contador de histórias.
Ler é sentir o mundo em eterno mover.
É discernir o sentido dos ambientes em
que perambulamos na vida. Ler é perder-se
em sonhos e viagens cheios de mistérios a nos
construir e reconstruir na busca de ser... humano.

© Anne M. Moor

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Ler...


Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam.


(Leonardo Boff)

sábado, 17 de janeiro de 2009

Vida nas entrelinhas...

Empatias surgem do nada. Ou será que esse nada é algo? Você já sentiu que conhece alguém desde sempre, mesmo sem nunca ter visto nem ouvido a voz? A Internet tem me ensinado que isso não só é possível, mas é surpreendentemente palpável. A conversa flui. A leitura das entrelinhas é fácil. Brinca-se como se fosse amigo de infância. Enxerga-se o sorriso nas palavras escritas. Ouvem-se as gargalhadas onomatopaicamente, como disse o Jorge ao me ver pela primeira vez: "Já conhecia tuas gargalhadas..." Estou louca? Delirando? Não creio. Já senti isso em vários momentos. Nós aqui no mundo dos blogs. Quando nos vimos na casa da Ju e depois no Genial e na casa do Jorge já ÉRAMOS amigos, já nos conhecíamos, a vontade nas conversas, nas piadas, na contação de causos... Existe sim um algo interessante no poder da palavra escrita. Corre pelas entrelinhas dos escritos - sejam no blog, no e-mail, no MSN - um sentimento de amizade, naturalidade, familiaridade que vez ou outra transformam-se em sentimentos outros - de amor - mas sempre em amizades gostosas, sem cobranças.

Imagem: www.overmundo.com.br

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Crianças...

Nunca faça uma pergunta a uma criança sem antes pensar muito... :-)

Uma professora de jardim de infância estava a observar sua aula de crianças enquanto eles desenhavam. Ocasionalmente ela andava pela sala para ver o trabalho das crianças. Chegou em uma menininha que estava diligentemente trabalhando e perguntou o que ela estava desenhando. A menina respondeu:
- Estou desenhando Deus.
A professora fez uma pausa e disse:
- 'Mas ninguém sabe como é Deus.'
Sem perder o ritmo, ou levantar os olhos de seu desenho, a menina respondeu:
'Vão saber daqui a pouco.'

domingo, 22 de junho de 2008

Imagens

Atrás das nuvens disfarçam-se segredos, sentimentos, alegrias. As imagens delinhadas no céu e na alma contam inúmeras histórias...


sexta-feira, 13 de junho de 2008

Reflexões


Outra noite ao sentar embebida pelo fogo da lareira fiquei a pensar o que teria sido na minha caminhada que me fez gostar tanto de ler e escrever e, especialmente, a minha paixão pela poesia. Passou em frente aos meus olhos uma menininha enrolado no sofá com um livro na mão, lendo sem prestar a mínima atenção ao que tinha ao seu redor, e a figura dos meus pais sempre com livro na mão.

Meu espírito aventureiro provavelmente vem, entre outras coisas, do tipo de leitura que sempre fiz. Criei-me lendo basicamente três tipos de livros: as aventuras de um grupo de cinco crianças – The Famous Five, as aventuras de outro grupo de sete crianças – The Secrect Seven – e livros sobre enfermeiras e hospitais. Enid Blyton, autora desses livros, foi uma constante na minha vida dos cinco aos doze anos de idade.

Porém, antes disso, fomos alimentadas, minha irmã e eu, por histórias contadas pelos nossos pais e avós e poemas de Robert Louis Stevenson, Hans Christian Anderson, Beatrix Potter entre outros. Lembro-me de sentar aos pés de minha avó aprendendo a recitar poesia com ela.

Não sei bem com que idade passei de autores infantis para adultos, mas aos doze anos fui apresentada ao Shakespeare, o qual estudávamos no colégio. Analisávamos a obra, memorizávamos trechos e fazíamos teatro. Na escola havia um gramado redondo com um chafariz no meio que era onde encenávamos as peças ao final do ano. Ao ar livre abaixo das estrelas e da lua e as pessoas sentadas em volta do “palco”.

Adulta, continuei lendo autores como J. Grisham, Alistair MacLean, Ngaio Marsh, Robert Ludlum, C.S. Forrester, além de James Herriot e Gerald Durrell. Sempre li em inglês. Comecei a ler em português com 36 anos quando entrei na faculdade e diversifiquei minhas leituras. Mas ainda gosto de ficar enrolado no sofá, que nem aquela menininha, e ler uma boa aventura.

© Anne M. Moor - 2008

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Voando...


Enquanto eu estou treinando minhas asas, fica uma pegadinha para vocês... Quantas pessoas vês na imagem?

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Um 'Ernesto' em desenvolvimento...

Linguagem é o que fazemos dela
Faça uma pergunta fora de contexto
Aceite a resposta dada!
Este aluno tem TUDO pra dar certo
na vida...

sexta-feira, 28 de março de 2008

Prêmios

Estou tremendamente honrada! Hoje fiquei sabendo que a SHE do blog Entrada Libre concedeu-me 2 prêmios - Arte y Pico e Blog que brilla - com os quais estou empactada!!!

SHE - Muito, muito obrigada por esse presente y me quedo muy sensibilizada por las razones por las quales me dás este presente lindo!

Ao receber esses prêmios gostaria de concedê-los a TRÊS blogs que para mim foram e são fundamentais para a minha vida:

1. Assertiva - Ernesto Dias Jr. por ter me introduzido ao mundo dos blogs, assim como tem enchido nossas vidas de poesia, picardia, humor inteligente e amizade.

2. Arguta Café - Flávio Ferrari por ter SEMPRE participado do meu blog, incentivando-me a escrever com um carinho imenso. Também pela maneira inteligente e perspicaz que aborda assuntos instigantes da vida.

3. Sombras e Fragmentos - Jorge Lemos, o mestre da Arte com sua poesia, sua pintura e seu dom de contação de causos. Um poeta que luta pelo desenvolvimento da Arte e das Letras ao longo de sua vida.

Esses três blogs contribuem para a Arte deste país, para o desenvolvimento da leitura e para um mundo inteligente. Peguem seus prêmios aqui meus queridos!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Ler é fazer amor com as palavras...

Ultimamente tenho voltado a ler como antes. Uma das vantagens da aposentadoria. Tempo para viajar pelas palavras... Andei passeando nos blogs de amigos da Ana (Diablillos Emocionales) e achei interessante como a Waipueduca postou “Siempre hay historias para compartir...” e o expor do que lemos para os amigos. Drops culturais...

“A distância entre nós” (The Space Between Us) por Thrity Umrigar me levou numa viagem pela sociedade indiana. Uma frase que me deu horas de reflexão foi: “Amanhã. A palavra flutua no ar por um momento, ao mesmo tempo promessa e ameaça. Depois vai embora como um barquinho de papel levado pela água que lambe seus tornozelos. Está escuro, mas, dentro do coração de Bhima, o dia nasce.”

“Montanha Russa” por Martha Medeiros é um livro de crônicas sobre a montanha russa – vida. O livro é sobre as 'curvas e recurvas dessa montanha-russa, sobre as suas quedas súbitas e subidas íngremes, enfim, sobre as engrenagens da vida'. Identifico-me muito com este parágrafo :
Alguém lá tem certeza absoluta do que quer que seja? Somos todos novatos na vida, cada dia é uma incógnita, podemos ser surpreendidos pelas nossas próprias reações, repensamos mil vezes sobre os mais diversos temas: as ditas ‘certezas’ apenas são escudos que nos protegem das mudanças. Mudar é difícil. Crescer é penoso. Olhar para dentro de si mesmo, profundamente, é sempre perturbador.”

“Vivir adrede” por Mario Benedetti, um livro de contos e relatos do cotidiano escritos com a sabida competência e delícia do Benedetti. Uma palhinha do livro:
'El Miedo
No se juega con el miedo porque el miedo puede ser un arma de defensa própria, una forma inocente o culpable de coraje. El miedo nos abre los ojos y nos cierra los puños y nos mete en el riesgo desaprensivamente. Andamos por el mundo con el miedo a cuestas como si fuera un pudor obligatorio o en su defecto una variante del fracaso. Tal vez sea el mandamiento o quizás el mandamiedos de alguna desconocida ley, de un dios cualquiera. Por las dudas, una buena fórmula contra el miedo puede ser la que dejó escrita el bueno de Pessoa: “Espera lo mejor y prepárate para lo peor
”.

“A menina que roubava livros” (The Book Thief) por Markus Zusak está me encantando neste exato momento por ser ‘diferente’, maneira interessante de narrar, algumas definições que tem tudo a ver comigo: “Não ir embora: ato de confiança e amor, comumente decifrado pelas crianças.”

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Glórias

De acordo com Luís Fernando Veríssimo na Zero Hora de domingo (06/01/2008), em colunas:

"Einstein morreu sem se resignar à idéia de que a verdadeira e inexpugnável glória de Deus começa onde termina a linguagem humana."

Se quiserem ler o artigo (curto) cliquem aqui. Vale a pena, como tudo que ele escreve e acho que vocês vão gostar! E neste link tem outro texto dele chamado The Queen, que acho que vão gostar... :-)

quinta-feira, 29 de março de 2007

Este post é ensaio da UDI para nós...


Auroras
Verissimo

Em inglês há uma expressão bonita para dar-se conta, ter uma revelação, entender. 'It dawned on me.' Amanheceu em mim. Descreve o sentimento de subitamente ver com clareza o que antes era obscuro como uma aurora interior. Idéias amanhecem dentro de nós. Os olhos de uma pessoa se iluminarem quando ela tem uma percepção nova não é um clichê literário, é a luz deste alvorecer saindo pelos olhos. Não sei se existe expressão parecida em outras línguas, mas ela deveria ser universal. Afinal, sua origem é a experiência mais comum da humanidade desde que ela viu sua primeira aurora, a do sol afastando as trevas, a da noite dando lugar ao dia e à sua maior dádiva, que é a de nos permitir enxergar.

O resto do texto vc encontrará aqui:
(...) Estadão de hoje http://www.estado.com.br/editorias/2007/03/29/cad-1.93.2.20070329.106.1.xml?