sexta-feira, 25 de maio de 2007

Conversas de sala de aula

Inspirada pelo penúltimo post do Assertiva:

Professor: Maria, nomeia uma coisa importante que temos hoje e que não existia há 10 anos.
Maria: Eu.

Professor: João, como se chama uma pessoa que continua falando quando ninguém mais está interessado?
João: Um professor.

Como vcs sabem, sou ferrênea defensora dos professores que merecem ser chamados de professor... E quem é esse professor que eu defendo?

Vários amigos estavam sentados a volta da mesa do jantar discutindo a vida. Um dos homens decidiu explicar o problema da educação. Ele dizia, "O que uma criança vai aprender de alguém que decidiu que sua melhor opção na vida era ser professor?"
Lembrou aos outros convidados o que se diz sobre os professores:
"Aqueles que sabem, fazem. Aqueles que não sabem, ensinam."
Para sublinhar seu ponto ele se virou para uma convidada e disse: "Você é uma professora, Bonnie. Seja honesta. O que você faz? O que você ganha?"
Bonnie, que tinha uma reputação de ser honesta e franca respondeu, "Você quer saber o que faço?” (Ela fez uma pausa de um segundo, e então começou...)
"Bem, eu faço as crianças trabalharem mais do que elas pensaram ser possível.
Eu consigo que as crianças fiquem em uma sala de aula por 40 minutos quando seus pais não conseguem que eles fiquem quietos por 5 minutos sem um I Pod, um Jogo ou um filme de vídeo...
"Você quer saber o que faço?” (Ela fez outra pausa e olhou para cada pessoa a mesa)
Eu faço as crianças pensarem.
Eu as ensino a questionar.
Eu as ensino a criticar.
Eu as ensino a pedir desculpas sinceramente.
Eu as ensino a ter respeito e a assumir a responsabilidade por seus atos.
Eu as ensino a escrever e as faço escrever.
Eu as faço ler, ler, ler.
Eu faço com que meus alunos de outros países aprendam tudo que precisam de inglês enquanto preservam sua identidade cultural singular.
Eu faço da minha sala de aula um lugar onde os alunos se sentem seguros.
Por fim, eu os faço entender que se eles usam os dons que lhes foram dados, trabalham muito e seguem seus corações, eles podem ter sucesso na vida.
(Bonnie fez uma última pausa e continuou.) "Assim, quando as pessoas tentam me julgar por aquilo que faço, posso manter minha cabeça erguida e não dar ouvidos a eles, por que essas pessoas são ignorantes... Você quer saber o que eu faço e o que ganho?”
EU FAÇO UMA DIFERENÇA. E você, o que faz?"

Autor desconhecido, mas que demonstra o prazer que dá ser professor, trabalhar com crianças e adolescentes e contribuir para a educação de um país. O que se ganha financeiramente é um absurdo e uma vergonha, entretanto, nada paga o brilho nos olhos de alunos curiosos que estão descobrindo a vida!

4 comentários:

Anne M. Moor disse...

Pode parecer piegas o que eu disse, mas não é não... Provocar a aprendizagem e o despertar do eu do outro em contexto de sala de aula é inebriante.

Flavio Ferrari disse...

Não é piegas não ...
Cansei de ouvir a pergunta:
- Além de ser professor você também trabalha ?
Quem acredita que o dinheiro é a medida do sucesso é porque não se dá o devido valor e, certamente, não vale o que ganha.

Luisa Fernanda disse...

Anne,
Me encantó, yo también he sido profesora, tanto de música, como de desciplinas relacionadas a mi profesión de Comunicaciones. Enseñar es eso mismo, hacer la diferencia, trascenderse, entender a los alumnos interesados mas aya de la materia que uno está impartiendo, es socializarlos, es aprender de ellos, es un ritual ya casi desconocido.
Mi abuela Luisa era también maestra de primaria en Costa Rica, en aquella época y lugar, la profesora enseñaba todo el periodo primario (9 años), es decir la profesora era la segunda madre de los niños.
Además es un trabajo muy gratificante, recuerdo cuando a los 29 años, me buscó una de mis alumnas y me dio un borrador de pizarra, para recordar los tiempos en que le daba aulas. La responsabilidad de tener que reprobar alumnos porque éticamente no podían ejercer la profesión, y que aun me lo agradecen porque no era su vocación. Y de igual manera aun hoy venero a mis maestros, porque me enseñaron la luz de la vida, y mas aun a aquellos que en lugar de darme el pescado frito para comer, me mostraron como pescar.

Anne M. Moor disse...

Obrigada Flávio e Luisa...