sexta-feira, 22 de junho de 2007

Hilma Ranauro é uma poeta que descobri há vários anos e uma escritora que me toca fundo. Os poemas dela são "gutting", como os do Ernesto. Não canso de lê-la e identificar-me com suas idéias. Visitem o site dela http://www.filologia.org.br/hilmaranauro/ e fiquem com este poema:

Criação
Mão cansada
que se expande
compondo versos.

Agito-a entre ante o meu pensar
sentir e vazar
no escoadouro de mim.

Sincronia perfeita
eu
sendo.

No momento em que escrevo
fico-me eterna

algo além e subjacente a mim
me impele a transbordar-me.

3 comentários:

Flavio Ferrari disse...

Não gostei do poema em sí, mas o transbordar, também para mim, precede o escrever.

Anne M. Moor disse...

engraçado como alguns poemas dizem muito para uns e nada pros outros... :-)

Anônimo disse...

... assim como tudo na vida, Anne. E essa é a grande graça de viver.