Hilma Ranauro é uma poeta que descobri há vários anos e uma escritora que me toca fundo. Os poemas dela são "gutting", como os do Ernesto. Não canso de lê-la e identificar-me com suas idéias. Visitem o site dela http://www.filologia.org.br/hilmaranauro/ e fiquem com este poema:
Criação
Mão cansada
que se expande
compondo versos.
Agito-a entre ante o meu pensar
sentir e vazar
no escoadouro de mim.
Sincronia perfeita
eu
sendo.
No momento em que escrevo
fico-me eterna
algo além e subjacente a mim
me impele a transbordar-me.
3 comentários:
Não gostei do poema em sí, mas o transbordar, também para mim, precede o escrever.
engraçado como alguns poemas dizem muito para uns e nada pros outros... :-)
... assim como tudo na vida, Anne. E essa é a grande graça de viver.
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