terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Diferenças



Lembro-me de idas à praia nos domingos quando eu era adolescente. Cedo levantávamos a organizar a viagem, por que viagem era. Não exsitia a ponte sobre o São Gonçalo. Para chegar no Cassino (praia de mar) a 60 kms daqui era preciso chegar cedo na fila da balsa para atrevassar o rio. Na fila todo mundo descia, batia papo com outros que também esperavam - era uma festa.

Chegando à praia, 260 kms de praia, assim como ainda o é hoje, entrava-se na praia de carro, encontrava-se um espaço, estacionava-se e começava a armação das barracas! Lonas por cima dos carros, mesa, cadeiras, geladeira portátil, guarda sol, bola, raquetes, pás ... Piquenique dos bons! O sol no Cassino sempre foi escaldante mesmo antes do buraco de ozônio que reside como diabo por cima do Rio Grande do Sul.

A volta era mais cansativa e as filas na estrada para esperar a balsa podiam ser kilométricas, literalmente! Hoje tudo mudou. Tem ponte e a praia tem infraestrutura alimentar e beberical... Em compensação, o povo na praia e os engarrafamentos de carros, motos, bicicletas e quetais tiram um pouco o prazer do cheiro, do barulho e da energia do mar! É um carro ao lado do outro. Espaço é algo quase disputado a tapa! As pessoas, mesmo frente aquele marzão, estão estressados e mostram isso na sua maneira de enfrentar uma direção... Pena...

Mas, mesmo assim, a praia ainda é um lugar de encontro, de caminhadas, de renovação de energias. Tornou-se também um lugar em que precisa-se ter MUITO cuidado com o sol. Os raios não respeitam nem as nuvens!

Como o perigo de parecer a velha que sou, acho que eu prefiria a praia 50 anos atrás! :-)

14 comentários:

Flavio Ferrari disse...

O pogresso astravanca o omi ...

Anne M. Moor disse...

Levemente...

Jan disse...

E eu cá fico pensando se o Laranjal fosse banhável, que dilícia...


=/

Amanda Magalhães Rodrigues Arthur disse...

Saudades do mar... E do tempo em que ir à praia era só passeio, sem stress. Beijo!

Carla P.S. disse...

Cassino tem a peculiaridade da extensão quilométrica e dos carros, mesmo. É uma cultura já, os carros lado-a-lado, e mais comum até que os bugs nordestinos! Mas quem faz a energia somos nós, apesar do estresse humano!
Aceite meu caé batido, por hoje! =)

Anne M. Moor disse...

Janice:
Mas o Laranjal é uma delícia. Aquele calçadão... E atualmente a Lagoa está até com cheiro de mar pois a Lagoa salgou... :-)

Beijos

Anne M. Moor disse...

Amanda,
Pois Amanda, é isso mesmo que eu sinto.

No Cassino, além dos milhares e milhares de gente e carros, de cada 5, 3 estão fazendo churrasco na praia... O paraíso dos farofeiros!

Mas o banho continua um paraíso :-)

Anne M. Moor disse...

Carla:
Adoro café batido!

Beijos :-)

Michele Moura disse...

Aiai... Laranjal salgado!
*sigh*
Uma "mãe d´água" [água-viva] me queimou lá uma vez...
Mas mesmo isso é uma lembrança agradável... agora, tantos anos passados!

:)

Anne M. Moor disse...

Bom dia Michele,
Mãe d'água no Laranjal????????? Isso sim eu nunca vi :-)

Beijão

A.Tapadinhas disse...

Com as pequenas (?) diferenças da temperatura do ar e da água, dos kms de praia, essa tua descrição servia para as minhas idas a banhos, quando era criança...
Beijo.
António

Anne M. Moor disse...

É António:
As coisas mudam mas o mar não...

Beijos de maresia :-) (Novo)

Zé Carlos disse...

Anne querida, seu blog também é uma delícia.... gosto muito de ti e espero e torço para que tenha parado a chuva na sua cidade....
Beijão do Zé Carlos

Anne M. Moor disse...

Zé Carlos,
Parou sim, embora ontem de noite caiu um pé d'água!!! As coisas e as pessoas estão se recompondo...

Beijão