domingo, 13 de setembro de 2009

Quero entender...


"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."

Clarice Lispector
http://www.geocities.com/Paris/Concorde/9366/

18 comentários:

Flavio Ferrari disse...

Se estiver entendendo é porque deixou escapar alguma coisa

A.Tapadinhas disse...

Não entendi nada!

Acho que a Clarice devia ser mais clara...

Mas aconteceu o mesmo com a postagem da Udi, em que eu não sabia o que era "balaio" e agora já sei...
:)
Beijo,
António

celeal disse...

Caetano já cantava "que mistérios tem Clarice, que mistérios tem Clarice?/ para andar assim tão triste/do coração."
bjs enigmáticos :) e ótima semana Clariceana

Anne M. Moor disse...

Flávio, pois... Acho que deixei :-)

Anne M. Moor disse...

António, Nem eu! Agora que o balaio da vida esconde mistérios, ah isso é!!

Beijos misteriosos :-)

Anne M. Moor disse...

Carlos Eduardo, O mundo gosta de ser enigmático :-)

Beijos

elzafraga disse...

Olá, querida. Acompanhar blog de leitura de qualidade é prazer, precisa brigadim não, rsrsrs.

Já o poema que vc falou eu não conheço, se tiver manda pro meu email? Ficarei muito grata:
elzafraga@yahoo.com.br

Bitokitas, sucesso e luz.

Anne M. Moor disse...

Postei lá no seu blog...

Obrigada :-)

Bjos

SHE disse...

Me gusta ver, dejar pasar, sin esforzarme, si me esfuerzo por entender cada cosa que acontese, serìa la locura!

yo sòlo sè que no sè nada... :)

Un abrazo Anni

vittorio disse...

Cara Anne você está a despertar doces loucuras, a despertar a inquietude dos adormecidos...

Divina loucura é viver
na docilidade da alma inquieta
A procura constante de ser
por ser eterna obra incompleta

É o enigma da existência
O sentir sem saber
O saber sem o querer
O querer saber sem ter ciência

Paradoxo eterno, inquietante e insano
Viver sem entender o que seja a vida
É próprio da essência de ser humano

Ser humano, insano ser a procurar razões
Razões que em si mesmo desconhece
Finitude de si, eterno conflito de emoções

Beijos

Roney Maurício disse...

"De muita coisa que sinto/Eu não entendo a metade..." (Cacaso)

"E a outra metade finjo que entendo." (RM)

Graça Pereira disse...

Só sei, que nada sei!! Entender demais, atrapalha um pouco a vida; entender de menos, podemos ser enganados! O melhor, é ficar no meio termo!! Não é no meio que está a virtude?? Beijocas Graça

Anne M. Moor disse...

She
Y yo también!!

Besos :-)

Anne M. Moor disse...

Vittorio
Poeta sempre!!! :-)

Beijo

Anne M. Moor disse...

rm

Eu nem finjo mais!!! :-)

Anne M. Moor disse...

Graça
Pode ser, mas é difícil ficar no meio :-)

Bjinhos

Unknown disse...

O negócio é sentir a vida, não entender.

Anne M. Moor disse...

È Derek, eu sempre disse que penso demais o que as vezes me atrapalha!!

Beijão e bom findi