segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Exigências


Exigências me fizeram
Cobranças impostas e
Eu, menina, adolescente
Adulta, mulher, mãe, filha
Segui o caminho dos outros...

Com rebeldia!

Exigente fui comigo mesma
Cobranças fiz ao longo da vida
A mim e aos outros
Até que o sol se fez presente
Sem véus, sem filtros e
A vida se me apresentou
No espelho com uma realidade
Desnudada e provocante!

De repente vi-me frente a
Um espelho questionador
Um ‘outro’ a fitar-me no olho
Com a sobrancelha erguida.

Refletir foi necessário!

© Anne M. Moor

15 comentários:

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Anne, que belíssimo! as coisas são vividas... Hoje, eu sinto representado, perfeitamente, na sua poesia. eu era cheio demim, porém, era reativo... vivia atendendo esta ou aquela expectativa. depois, decidi voar... No primeiro tombo , vi que não me conhecia... aí fui e vou me descobrindo.
Este é um processo longo.
Já não quebro os espehos que me desnudam...
Abraços, e umcarinho imenso.
Jorge

Anne M. Moor disse...

Jorge B.

Obrigada! Hoje literalmente achei este poema que havia escrito não sei quando...

Quantos tombos já levei! O importante é sempre levantar :-)

rsrsrsrs E nem eu quebro mais os espelhos.

bjos
Anne

Márcia disse...

Anne, acredito que cada tombo é um confronto comigo mesma! E quantas lições aprendi!! E hoje aceito melhor o olhar do(s) outro(s)quando me mostram novas perspectivas!! Belo poema!!Bjs!
Márcia Duarte

Anne M. Moor disse...

Márcia

Chegas lá que eu sei :-)

Força e um grande abraço

Anne

Graça Pereira disse...

Mas chega um tempo que a própria vida nos cobra...há então que parar e pensar.
beijo
Graça

Anne M. Moor disse...

Graça

Com certeza, se bem que não sei se é "cobrança" ou a vida nos mostrando os caminhos do arcoíris...

bjos
Anne

Flavio Ferrari disse...

Sempre um excelente exercício ... algo psicanalitico ...

Anne M. Moor disse...

Flávio

pois... um exercício de se dar conta das coisas que a gente não gosta que façam com a gente e dar-se conta que fazemos exatamente isso com os outros!!!

bjos
Anne

Lemos disse...

Anne

Este o momento sagrado: aquele em que nos vemos e nos despimos por inteiro. Tambem assim me coloquei em dado instante. Quando Joyce mostra Ulisses nos faz entender; "Despir as vestes e sobrepor-se de novo manto"... (digo): Quão fragil é a criatura mesmo em sua fortaleza? Responde-me Castilho em tentativa Anacrôntica: "Melancolicas ruinas, vós vos cobris de verdura, pendentes festões vos ornam
onde uma aura leve murmura".

Bebamos a gloria de nossos momentos...
TO com saudade
Lemos

Lemos disse...

Anacreôntica

Anne M. Moor disse...

Jorge L.

Nossos momentos as vezes nos chocam! :-))))) O espelho não tem piedade...

Grande beijo
Anne

Alfredo Rangel disse...

A vida é feita de auto-exigências e cobranças exacerbadas. Soente a maturidade para nos mostrar como estávamos errados e permitir que deixemos a vida, soberana, fluir como ela deseja.
Parabéns pelo texto e um enorme beijo.

Anne M. Moor disse...

Rangel

É muito bom "permitir que a vida, soberana, flua como ela deseja".

beijos
Anne

A.Tapadinhas disse...

Uff!!! Ainda a tempo de participar no rol de comentários...

Partir o espelho? Nunca! Não sei se dá sete anos de azar...

O problema é que deixamos de nos ver...

Beijo,
António

Anne M. Moor disse...

António

É partir o espelho pode até ser uma solução temporária rsrsrsrsrsrsrs.

Beijos espelhados (novos?)
Anne