sexta-feira, 9 de março de 2007

Faces

Quando és anjo,
te sinto terno,
todo carinho.
A voz é mansa,
o olho paira doce
sobre mim.
Quando gritas,
capeta,
o gesto é grande,
te agitas.
Apertas o meu pescoço,
judias de mim.
Quando os dois se fundem,
bem e mal,
açoite e flor,
acontece o amor.

(Arthur do Amaral Gurgel)

4 comentários:

Flavio Ferrari disse...

Gostei ... muito!

Anônimo disse...

...esses anjos, hein?!

Anne M. Moor disse...

Andam nos rondando!!!

Anônimo disse...

thanks, god!
;)