quinta-feira, 7 de junho de 2007

Mais histórias de uma caminhada...

Quinta, Corpus Christi... Não sei porque, mas hoje de manhã acordei lembrando de uma peça de Shakespeare - As You Like It - que li aos 12/13 anos na escola e sempre gostei. Havia uma disciplina chamada Shakespeare, na qual líamos as peças.

Acabo de ler de novo e hoje sei porque essa em particular ficou gravada na minha mente por tantos e tantos anos. É uma obra que fala de amor fraternal, casamento, tolerância para os diferentes pontos de vista e otimismo pela vida. Essas 'coisas' sempre fizeram parte da minha vida e da minha educação, dou-me conta agora.

Dei-me conta igualmente do porquê de eu ser uma leitora e ter tanta paixão pelas letras. Fui ensinada a ler Shakespeare. E ler Shakespeare é entender, sem compreender o explícito, compreender o implícito, fazendo interrelações com o texto, a história e a vida, enfim, é ler.
O mais incrível da minha leitura de hoje é ter encontrado na peça a fala de Jaques que eu memorizei ainda criança para a apresentação da peça e que voltou palavra por palavra... Deixo com vocês: Peço desculpas por publicar em inglês, mas não me atrevo a traduzir Shakespeare!


All the world's a stage,
And all the men and women merely players:
They have their exits and their entrances;
And one man in his time plays many parts,
His acts being seven ages. At first the infant,
Mewling and puking in the nurse's arms.
And then the whining school-boy, with his satchel
And shining morning face, creeping like snail
Unwillingly to school. And then the lover,
Sighing like furnace, with a woeful ballad
Made to his mistress' eyebrow. Then a soldier,
Full of strange oaths and bearded like the pard,
Jealous in honour, sudden and quick in quarrel,
Seeking the bubble reputation
Even in the cannon's mouth. And then the justice,
In fair round belly with good capon lined,
With eyes severe and beard of formal cut,
Full of wise saws and modern instances;
And so he plays his part. The sixth age shifts
Into the lean and slipper'd pantaloon,
With spectacles on nose and pouch on side,
His youthful hose, well saved, a world too wide
For his shrunk shank; and his big manly voice,
Turning again toward childish treble, pipes
And whistles in his sound. Last scene of all,
That ends this strange eventful history,
Is second childishness and mere oblivion,
Sans teeth, sans eyes, sans taste, sans everything.

Nenhum comentário: