segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Eternidade

A vida passa lá fora,
Ou na pressa de uma roda,
Ou na altura de uma asa,
Ou na paz de uma cantiga;
E vem guardar-se num verso
Que eu talvez amanhã diga.


by Miguel Torga - 1945

5 comentários:

vittorio disse...

Eternidade e inquietude, a ação continua do fluir da vida.
Inquetude que avassala o silencio da mesmice dos dias, rotina absurda do não sentir a vida.
Eternidade, emoções incontidas que ficam para sempre no nosso inconsciente sem tempo marcado para voltar.
Dois dias, dois temas, uma vida.

A.Tapadinhas disse...

Anne, discordo do que diz Miguel Torga no primeiro verso! Para algumas, poucas, pessoas a vida não passa lá fora: a vida penetra-os, está dentro deles, palpitante... É por isso que pessoas como tu, a devolvem em todos e cada um dos seus versos...
Bjo.
António

Estrelinha disse...

Anne...a vida passa...preciso me lembrar sempre disso para não ficar vivendo no passado!!!!

ana disse...

La vida pasa, como un rio,
Rio de vida, corriente constante,
aguas cistalinas, mansas,
rápidos emocionantes
Profundidades silentes,
melancólicas riveras,
bajo tus puentes.
Un abrazo Anne,
ana

Anne M. Moor disse...

Vittorio: Kd o seu blog... Poeta amigo???

António: Tens razão sobre o 1° verso... E obrigada pelas palavras. Me emocionaste... Affe, como diria a Lú...

Estrelinha: Bommmmmmmmm te ver por aqui. Precisamos viver o presente, um dia de cada vez.

Ana: La metáfora de la vida como un rio és tan real y tan linda...

Abraços a todos.