quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Ingenuidade


ingenuidade
pura e fora de época
surge de um exercício
de retrospectiva e leitura...

triste figura aparece:
raiva de mim
vergonha do deixar levar
dó de fazer sofrer...

solidão preme o botão da vida
sofrimento gratuito
de um momento
provocado por ingenuidade...

© Anne M. Moor – 15/11/2007

12 comentários:

ana disse...

Nunca la pierdas.
La ingenuidad escasea hoy en dia.
A mi me parece hermosa.

un abrazo ingenuo,
ana.

A.Tapadinhas disse...

Troco sabedoria por ingenuidade...
Sabedoria vou ganhando,
ingenuidade vou perdendo...
Beijo naif.
António

Anne M. Moor disse...

Ana e António: Confesso que qdo escrevi este poema eu estava com raiva de minha ingenuidade ou talvez melhor dizer das conseqüências dela, mas concordo com vcs e se não a perdi até hoje, dificilmente a perderei.
Beijos ingenuos a los dos!

Udi disse...

E será que a ingenuidade nos faz inocentes?
También a mi me parece hermosa.

(e a poeta se revelando! vivas!)

Suzana disse...

Só os puros de alma são ingênuos.
Eu considero isso muito bom.
(Não confundir com "bobeira" ou "falta de informação")
Vejo a ingenuidade muito próxima do crer no amor incondicional.
Como a forma que você ama, por exemplo.

bjs

Walmir Lima disse...

Ingenuidade fora de época... sei bem o que é isso.
Tua poesia está saindo "melhor que a encomenda", minha amiga!
Não esperavas, né?
Beijos,
Walmir

Ernesto Dias Jr. disse...

A ingenuidade, mais que motivo de vergonha, nos protege.
E a moça poetisa tá evoluindo, perdendo o medo, né?

Anne M. Moor disse...

Udi: Thank you minha amiga... Mas a ingenuidade as vezes é falta de bom senso!!!

Suzana: Que bommmmmmmmmmmmmmmm te ver de volta!!! Eu sou assim mesmo, as vezes escancarada demais... :-)
Beijos às duas...

Anne M. Moor disse...

Walmir e Ernesto: Será que era medo? Acho que simplesmente nunca pensei que podia escrever assim... It just flows depending on the mood! Não esperava não, mas tem me feito um bem imenso. Botar no papel o que nos enamora ou incomoda é como exorcisar os diabinhos que nos rondam...
Beijão pros dois... Adoro ver os dois por aqui...

Flavio Ferrari disse...

Querer que fosse
Acreitar que era
Se labuzar de doce
Aninhar a fera

Pequenas ilusões
que forjam em aço duro
a chave dos portões
do paraíso de quem é puro

Anne M. Moor disse...

Flávio: Poeta também... :-) E não poderias estar mais certo!! (Isto parece uma tradução mal feito do inglês pro português, mas certamente entenderás :-))

Claudia Rossa disse...

Muito bonito o poema sobre a ingenuidade. Tomei a liberdade de colocá-lo em meu blog.