sábado, 13 de junho de 2009

Com quantos paus se faz uma vida?

Colonia del Sacramiento - Uruguay

Saudade dos tempos em que tudo parecia tão simples
Saudade de quando as manchas nas paredes não me provocavam
Saudade dos tempos em que as janelas estavam sempre abertas

Saudades...!

A vida levou-me por caminhos
povoados de desafios e provocações
que transformaram o simples em complexo
que fizeram as manchas das paredes virarem arte
que fecharam as janelas em uma estrondosa rumba!

Quem disse que eu gostava de desafios?!

A vida!

A vida resolveu me mostrar
com quantos tombos se faz
com quantos choros se faz
com quantas risadas se faz
com quanto trabalho se faz

uma mulher!

Acho que aprendi!

© Anne M. Moor

19 comentários:

Alfredo Rangel disse...

Poesia maravilhosa. Sem conhecer toda sua obra arrisco dizer que é a mais bonita, a mais sensível de todas as tuas poesias. Emocionante. Não sei com quantos paus se faz uma vida. Sei que deve existir um que é o mais importante.
Beijo e parabéns poetisa.

Anne M. Moor disse...

Rangel,
Obrigada meu amigo por tanto elogio!!!! Ainda não descobri com quantas mas sempre terá uma mais importante..

Beijos poéticos

Jorge Lemos disse...

Anne:
A maior das virtudes é
valorizar cada momento
deste eterno aprendizado.
Lindo

Baijão e Saudade
Fiquei 10 dias mudo. Vitório apareceu?

Lemos

Anne M. Moor disse...

Jorge,
Como estás meu amigo!! E a Stephania???

O Vittorio apareceu sim :-)

Grande beijo pra ti e pra Stephania.

vittorio disse...

Belissimo...
faz-me pensar se é a vida que nos faz ou se somos nós que fazemos a vida.?

No teu caso, acredito que esta questão não importa, você sabe descrever a vida nos seus mais íntimos detalhes de forma tão bela e profunda que conseguiste transformá-la em poesia.

Beijos

Anne M. Moor disse...

Vittorio
Questão interessante essa que levantas! Não sei, mas desconfio que seja um caminho de 2 mãos.

Obrigada! :-) Mas a vida É poesia nénão?

Beijo

Roney Maurício disse...

Ei Anne,
não sei , nega; mas especulo que sejam aqueles necessários para fazer uma canoa mais um: pra remar, porque "navegar é preciso..."

Anne M. Moor disse...

pois rm... vai saber!

Abraço

Ava disse...

Anne M. Moor...

E quem disse que ainda gostamos de desafios?

Só que eles nos são impostos todos os dias... E vencê-los é ganhar uma batalha por dia...

"A vida resolveu me mostrar
com quantos tombos se faz
com quantos choros se faz
com quantas risadas se faz
com quanto trabalho se faz


uma mulher!"

Amiga, tombos, choros, risadas, trabalho...

Vidinha danada essa, que nos coloca nos ombros tudo isso e nos manda ir a luta!

Nem preciso dizer que fiquei completamente extasiada com seu poema!


Afinal, vc retrata/descreve tão bem nossa saga...

Beijos e carinhos encantados!

Anne M. Moor disse...

Ava,
Assim tu me deixa até sem jeito!!!! A nossa saga pode ser difícil, mas é muito gostosa...

Que bom que gostaste.

Beijos sorridentes

MIRO disse...

Oi! Ane!! lindo, eu tambem sinto falta do tempo de sonhos e romances. gostei muito.....apropósito gostei de sua visita, mas infelizmente tive que retirar o texto para recoloca-lo com alguns acertos.......beijos..

celeal disse...

Anne,
Cora Coralina passou por aqui? Mas que poesia linda!!! É pau, é pedra é o início de todos os caminhos. Caminho para nós, seus leitores, que temos a sorte de lê-los. Isso são as suas poesias: matéria prima para a vida.
Bjs
Carlos Eduardo

Silvia King Jeck disse...

Minha amiga. Concordo com Rangel. Acho que é uma das mais sensíveis e profundas poesias que já escreveste. E me parece também que é a parte de baixo daquela ampulheta. Super!

Anne M. Moor disse...

Miro,
Obrigada pela visita Volta sempre. Eu certamente andarei perambulando pelo teu blog :-)

Abraço

Anne M. Moor disse...

Carlos Eduardo,
Adoro Cora Coralina e me lisonjeias a fazer essa comparação... Obrigada!

A vida me fascina!!

Abraços

Anne M. Moor disse...

Silvia,
Amiga, a vida já nos pregou muita peça mas como o segredo é levantar a cada tombo, andamos ainda por aqui vivendo!!!

Thanks...

Beijão

Walmir Lima disse...

Maravilhoso!

Estavas escondida?
Solta as amarras do teu pensamento poético e deixa fluir a bela 'Cora' que há em ti.

Besos

Walmir Lima disse...

Eu não tinha lido o comentário do Carlos Eduardo!

Anne M. Moor disse...

Eu escondida ??? Walmir? Nope... Eu diria que o que estava escondido eras tu rsrsrsrsrsrs

Nice to see you around!

Beijos