Leitura é a chave para a liberdade. Ler e escrever é fazer amor com as palavras. Tricotar e cozinhar é fazer amor com os sentidos. Aqui encontrarás o delírio, o prazer e o sonho, que fazem parte do viver...
Olá amiga! O frio realmente traz tudo isso. Porém, faltou citar algo muito importante, aquelas famigeradas gordurinhas, que são, nada mais, nada menos, o terror das mulheres.
Cara Anne, segue este poema lavrado na dor da ausência do ente querido que patiu recentemente. Na terra em que nasceu, no inverno os cumes se vestem de branco, o cinza domina a pasaigem celeste e as chamas criptam no fogão a lenha, que prepara o alimento e aquece a alma dos que lhe estão á volta.
Beijos
Não sei por que partiste, sem que me tenhas dito adeus. Sei que já estavas distante, em tuas lembranças perdida. Sei que já se esvaia dos pequenos olhos teus, a vida. Mas não sei por que partiste, sem poder dizer-te adeus.
As palavras que não te disse, tornaram-se lágrimas. Uma a uma marcando o tempo na dor e desesperança. Memórias, imagens do que vivemos, tornam-se rimas. Uma a uma, brotam no jardim da minha lembrança.
Como homem, gostaria que não me visses assim. Fraco, perdido, covarde diante da vida por não entender a morte. Como menino, busco teu colo, teu amor por mim. Protegido, acarinhado, no calor dos teus braços sinto-me forte.
Perdoe-me se choro mãe, mas a tua ausência se faz presente. A quietude da noite no quarto adentra, trazendo saudades. Perdoe-me se quero fugir, ocultar-me, tornar-me ausente. Ao inventar mentiras para aplacar a dor, encontro verdades.
Verdades que machucam a gente, por tantas coisas não ter dito ou feito. Fugir de mim sei que não posso, fiz o que quis e o que não fiz, assim o quis. O enroscado nó do remorso procura em vão a razão, a agitar-me o peito. Como arrancar da alma esta mágoa, sem poder pedir-te perdão vis-à- vis?
Procuro a rima certa, na razão incerta do sentimento saudade. O brotar da dor de tua ausência, traz-me o sofrimento inclemente. Busco lapidar nas memórias de ti, o sentido desta nova realidade Sinto-me de ti tão próximo agora, embora de mim estejas distante.
O frio traz consigo a saudade do calor do amor de outrora O frio traz consigo a saudade do futuro. O frio faz comigo o não esquecimento do hoje por viver. bjs
Vittorio! Sinto a tua dor... Não sabia da perda da tua mãe! E sei, ai se sei o que sentes como descrito brilhantemente no teu poema! Mágoa, remorso, dor, saudade... Tudo isso tbm senti e ainda sinto ao perder pai, mãe e minha irmã (uma morte estúpida)... Os 3 se foram muito perto um do outro.
Mas aprendi que precisamos deixá-los ir em paz para que ELES tenham a paz merecida. Ainda doi, mas a dor se torna saudade desde que deixemos as nossas lembranças lembrarem as coisas boas deles.
Obrigada por compartilhar tua dor e teu poema conosco.
17 comentários:
...a lareira envolta
nas chamas vermelhas,
nos incita a lembrar
do fogo que acende
o amor...
falando em amor...
feliz dia dos namorados,
minha linda!
Pela temperatura tá mais parecendo "sonho de uma noite de verão"... rss
Obrigada Vivian!!
Lareira é a coisa melhor do frio...
Bjos
rm
Aí não seria sonho...
rsrsrs
bjos
Olá amiga! O frio realmente traz tudo isso. Porém, faltou citar algo muito importante, aquelas famigeradas gordurinhas, que são, nada mais, nada menos, o terror das mulheres.
beijos,
Furtado.
Cara Anne, segue este poema lavrado na dor da ausência do ente querido que patiu recentemente.
Na terra em que nasceu, no inverno os cumes se vestem de branco, o cinza domina a pasaigem celeste e as chamas criptam no fogão a lenha, que prepara o alimento e aquece a alma dos que lhe estão á volta.
Beijos
Não sei por que partiste, sem que me tenhas dito adeus.
Sei que já estavas distante, em tuas lembranças perdida.
Sei que já se esvaia dos pequenos olhos teus, a vida.
Mas não sei por que partiste, sem poder dizer-te adeus.
As palavras que não te disse, tornaram-se lágrimas.
Uma a uma marcando o tempo na dor e desesperança.
Memórias, imagens do que vivemos, tornam-se rimas.
Uma a uma, brotam no jardim da minha lembrança.
Como homem, gostaria que não me visses assim.
Fraco, perdido, covarde diante da vida por não entender a morte.
Como menino, busco teu colo, teu amor por mim.
Protegido, acarinhado, no calor dos teus braços sinto-me forte.
Perdoe-me se choro mãe, mas a tua ausência se faz presente.
A quietude da noite no quarto adentra, trazendo saudades.
Perdoe-me se quero fugir, ocultar-me, tornar-me ausente.
Ao inventar mentiras para aplacar a dor, encontro verdades.
Verdades que machucam a gente, por tantas coisas não ter dito ou feito.
Fugir de mim sei que não posso, fiz o que quis e o que não fiz, assim o quis.
O enroscado nó do remorso procura em vão a razão, a agitar-me o peito.
Como arrancar da alma esta mágoa, sem poder pedir-te perdão vis-à- vis?
Procuro a rima certa, na razão incerta do sentimento saudade.
O brotar da dor de tua ausência, traz-me o sofrimento inclemente.
Busco lapidar nas memórias de ti, o sentido desta nova realidade
Sinto-me de ti tão próximo agora, embora de mim estejas distante.
Não me fales do frio: hoje, aqui, está um calor insuportável...
O Verão está a prometer...
A tua poesia é um refrigério para a alma...
Beijo encalorado.
António
O frio traz consigo
a saudade do calor
do amor de outrora
O frio traz consigo
a saudade do futuro.
O frio faz comigo
o não esquecimento do hoje por viver.
bjs
Furtado,
QUE gordurinhas??????????????? :-)
Vittorio!
Sinto a tua dor... Não sabia da perda da tua mãe! E sei, ai se sei o que sentes como descrito brilhantemente no teu poema! Mágoa, remorso, dor, saudade... Tudo isso tbm senti e ainda sinto ao perder pai, mãe e minha irmã (uma morte estúpida)... Os 3 se foram muito perto um do outro.
Mas aprendi que precisamos deixá-los ir em paz para que ELES tenham a paz merecida. Ainda doi, mas a dor se torna saudade desde que deixemos as nossas lembranças lembrarem as coisas boas deles.
Obrigada por compartilhar tua dor e teu poema conosco.
Grande abraço
António:
:-) Que bom que o frio (que não acreditas que exista no Brasil) veio pra te dar um alento...
Beijo tiritante :-)
Carlos Eduardo,
Sempre poeta!! Gostei da imagem que projetou "saudade do futuro"...
Beijos
hum ,é mesmo, e junto um cheirinho de sabonetes, shampoos etc.
Esse texto veio com aroma....
Um beijao
Que lindos poemas de todos, y al final el frio también trae la promesa de la primavera. Besos
Lu e Luiza
Que maravilha vcs por aqui!!!
Muita aroma :-)
Beijão
Anne,
O frio traz isso tudo, e mais um monte de coisas ótimas...amo o frio! Só no inverno me sinto "em casa".
Gostaria muito que esse friozinho que anda fazendo aqui pelos pampas continuasse, porque nos últimos anos, não tivemos inverno dos bons, não é?
Um beijo,
ℓυηα
Luna,
Está prometendo... Os Pampas estão com sede de frio!!
Beijos
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