sábado, 12 de fevereiro de 2011

A mágica da infância


A infância mantém redes presas à vida
origem de caminhadas que gostaríamos
saber para onde foram...

Para saber...

É abrir as asas
É se deixar voejar em voo livre...
É despir o terno e a gravata
É vestir uma bermuda e uma camiseta cômoda
É sorrir para estrelas a piscar

É...

permitir-se ser feliz sem mitos.

© Anne M. Moor

12 comentários:

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Anne, um canto de vida que olha o jardim da vida e nos ensina de novo a borboletear...
Uma poesia que é, também, um caminho... Um caminho de re-tomada do brincar e do sonhar...
Nós, homens sérios e sisudos, que perdemos numa esquina da vida, a alegria e a pureza de viver na magia do amor e da ternura... Podemos, agora, despidos das loucas vaidades e das vãs ilusões de força e autoridade re-tomar o caminho... mergulhar no tempo e ressuscitar a infância, aprendendo com a nossa própria infância a caminhar, lutar e sonhar, vivendo nos rodopios do vento como brejeiros passarinhos...
Querida amiga, que bela poesia!..
Tenho no meu blog um texto chama-se "Devir criança:lições dos eeês", neste estudo, concluimos, embasados no escritor José Gil - de Portugal e amante da poesia de F Pessoa - que se matamos a criança em nós, matamos a possibidade de todo e qualquer outro devir...
Diz: que só é possível saúde e potência no brincar e no outrar-se, caracteristicas da infância que reprimos para nós formatar eficientes no mundo da madurez...
Belíssima poesia... um convite à saúde e a alegria...
Obrigado, amiga, pelos sua poesia que nos ajuda a viver e sobreviver.
Abraços, Jorge

Anne M. Moor disse...

Poema que brotou no comentar um texto teu Jorge, lá no teu blog.

Vou ler teu texto que mencionas aqui. "Diz: que só é possível saúde e potência no brincar e no outrar-se, caracteristicas da infância que reprimos para nós formatar eficientes no mundo da madurez..."
Este trecho que destacas aqui é pimba, na mosca!

Beijos de boa noite
Anne

Graça Pereira disse...

A magia da infância, está de regresso na felicidade que hoje sentimos.
Beijo
Graça

Márcia disse...

A infância, tão bem escrita neste teu poema Anne, faz-nos menos tensos,quando "me" procuro na infância meus olhos brilham e encorajo-me para o que está por vir.Linda poesia!Parabéns!Bjs!Márcia Duarte

Maria disse...

Anne


Nos sons da infancia me lembram os risos. Rir sem motivo, só pelo simples prazer de dar rizadas.
Lembram as fantasias, chapéus, bolsas,batons escondidos. Abristes minha caixinha de lembranças, das fantasias, dos personagens.

rsrsrsrrs

BJS

Anne M. Moor disse...

Graça

As crianças sabem viver e se contentam com pouco, se divertem com coisas simples e não perdem a capacidade de sorrir. São essas coisas simples que tendemos a perder na caminhada!

beijos e um bom domingo
Anne

Anne M. Moor disse...

Márcia

O que tens por vir será difícil, mas és uma mulher forte e saberás tirar proveito mesmo disso.

Não é um silêncio consentindo, mas um silêncio forçado, mas até os silêncios sabem estar cheios de vida minha querida!!!

Vive!

beijos
Anne

Anne M. Moor disse...

Graça

Os risos e as gargalhadas, assim como os choros conhecemos bem e soubemos mantê-los em nossas vidas nénão minha amiga?

beijos
Anne

Jorge Lemos disse...

Infância

Lembra-me Carducci em "Pranto Antigo":

"A árvore que estendias
a pequenina mão...

verdeja e coforta..."

Assim: velho coração bate
e sobre a alma grita:
Pela lembrança viva
a mágica infancia que o tempo guarda!!!

Anne M. Moor disse...

Jorge L.

As memórias da infância são as que nos fizemos quem somos né?

beijos
Anne

Unknown disse...

In the photo it looks like Vicky Castleton, you and ??????. Who is the one on the right?

love,

Gordon

Anne M. Moor disse...

Gordon
Gwen something. If I'm not mistaken or just plain forgetful, she was the daughter of some Canadian embassy people and was in our class. They lived on the Rambla in Punta Carretas.

hugs
Anne