em voos essenciais, perdida
nos meandros do pensar.
Andei além do meu corpo
com olhos cravados
no meu âmago.
Andei lá ao longe
a decifrar atos
e pensamentos.
Afastei-me um pouco
enquanto o espelho
me chamava insistentemente.
Voltei à vida
nas asas do apreender
e no silêncio do sentir.
by Anne M. Moor
10 comentários:
"Voltei à vida
nas asas do apreender
e no silêncio do sentir."
Não voltaste à vida, tu és incapaz de a deixar...
Sei que tens asas e estás sempre disposta a apreender tudo o que se passa à tua volta, para nos devolveres em palavras sublimes...
Não, não! No silêncio do sentir? Pelo que te conheço, não sabes calar o que sentes! Os teus olhos, a tua expressão corporal, dizem tudo...
o que às vezes, só se pode ler nas entrelinhas dos teus versos!
Beijo,
António
Esta análise só é possível porque é madrugada e eu não consigo dormir. Também não me está a apetecer apagá-la e escrever banalidades...
Tão providenciais esses distanciamentos...Colaboram muito para a nitidez da nossa visão sobre os nossos atos.
Beijos, Anne.
Teu poema me vale como inspiração, Anne. Sinto que preciso urgentemente me perder um pouco de mim pra refletir quem "está" EU neste momento tão divisor de águas da minha vida e assim, quem sabe, descobrir quem "sou" EU. Beijo.
António
Como já te disse hoje, adorei a tua análise do poema. Aliás não só do poema rsrsrsrs. Não sei calar o que sinto não, o que as vezes me bota em situações sem saída!!!! rsrsrs
beijos
Anne
Luna
Essa nitidez é uma aprendizagem de uma vida! rsrsrs
beijão
Anne
Márcia
Será que algum dia saberemos quem somos? Até por que estamos sempre nos reinventando. Mas o exercício é muito gostoso.
bjs
Anne
Lindo este poema mas...fica-me uma dúvida: será que aprendemos nos voos que fazemos??
Beijo
Graça
Graça
Com certeza, talvez por que consigamos nos enxergar de mais longe... :-)
beijos
Anne
Lindo, lindo, lindo. "Asas do aprender e no silêncio de sentir"
Bjs emocionados
Carlos Eduardo
Os teus comentários me fazem um bem...
beijos
Anne
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