segunda-feira, 28 de abril de 2008

Hoje estou triste...

Tive um final de semana de altos e baixos. Diriam as pessoas que isso é perfeitamente normal, e é. Li certa vez que a vida é recheada de infelicidade com momentos felizes. A época da leitura, achei interessante essa visão. Afinal, porque será que estamos sempre correndo atrás da felicidade. É algo tão efêmero assim? Talvez seja algo tão idealizado que esquecemos o que é sentirmo-nos felizes. Se olharmos pra trás (na minha idade) vemos tantos e tantos momentos em que fomos felizes; tantas coisas que construímos que até hoje nos encantam. Passei por muito sofrimento na minha vida, mas não são esses momentos que eu lembro ao parar e relembrar. São sim aquelas pessoas, aqueles acontecimentos, aquelas aquisições que fizeram bem a mim e as pessoas que eu amo.

Mas 'a fila anda' como diria uma amigona do peito e coisas do hoje passam a nos afligir, embora não deveriam. Será porque já passamos da linha da metade de uma vida e nos resta pouco? Será porque queremos o utópico, o ideal? Será por medo não sei bem do quê? Como diz a Ana (Diablillos Emocionales) saltei no vazio há muitos anos e os caminhos que tomei trouxeram-me até onde estou. Raios, quero mais o quê? Na realidade eu sei a resposta a essa pergunta! Quero algo impossível e terei que me convencer disso e continuar fazendo algo que gosto tanto - VIVER.

18 comentários:

ana disse...

La felicidad, como estado completo y duradero no existe. Existen momentos concretos de felicidad, y no sé por qué, siempre tendemos a idealizar momentos del pasado con felicidad, nunca vemos o sentimos como felices los momentos cuando se están viviendo. Necesitamos verlos con la perspectiva que nos da el tiempo.
Muchas personas se pierden las pequeñas alegrías mientras aguardan la gran felicidad.

"El hombre no es nunca feliz, pero se pasa toda la vida corriendo en pos de algo que cree ha de hacerle feliz. Rara vez alcanza su objetivo, y cuando lo logra solamente consigue verse desilusionado."
(Schopenhauer)
Un beso,
ana

Anne M. Moor disse...

Pasamos tanto tiempo 'corriendo' pero en realidad está adentro de nosotros. Hay que encontrarla...
Besos dear

Flavio Ferrari disse...

Pode parecer redundância, mas é triste ficar triste.
Sou um cara de sorte. Passei um período longo da minha vida absolutamente sem tristezas relevantes. Uns 25 anos, eu diria.
Me desacostumei.
Tive uma única grande tristeza na vida adulta, que foi a separação recente.
Ficou uma semente de tristeza, uma espécie de erva-daninha.
Tá ... tem seu lado bom, a gente aprende, viver também é isso, bla-bla-bla, bla-bla-bla...
Mase é triste.
E eu não gosto.
Te entendo.

Anne M. Moor disse...

Flávio querido, é tão bom saber que os amigos nos entendem. Concordo, é triste ficar triste. Mas como tudo nesta vida, passa...
Obrigada pela força.
Beijo grande...

Márcia disse...

"Tristeza não tem fim,felicidade sim." É triste, mas é verdade.A felicidade parece ter um prazo de validade, enquanto a tristeza adora estar sempre onde não é chamada. Eu também não gosto de me sentir assim.Te entendo perfeitamente.Mas minha mãe diz que tudo na vida passa!! Bj.

Márcia Duarte

Flavio Ferrari disse...

Até as uvas passam ...

mera disse...

Le deseo una semana de altos, sin bajos. Me encantó la visita.

Anne M. Moor disse...

Márcia, Flávio :-) As uvas passam mas se enrugam... Não gostei hahahahahahahaha
Beijão aos dois

Anne M. Moor disse...

Mera,
Gracias por la visita. Como llegaste acá?
Un abrazo

Suzana disse...

Anne querida,

As vezes a tristeza nos serve como start para uma reengenharia;
Sempre há tempo para tudo;
È claro que não gostamos de ficar tristes e se pudessémos optaríamos por não ficar!Então!
Lenvante! Sacuda a poeira! E dÊ volta por cima!
AH! Tem uma grande vantagem:Descobrimos amigos que não sabíamos e deletamos os amigos que pensavamos ter.kkk
bjs

Anônimo disse...

Queridíssima amiga. Vou te contrariar: a vida é feita de uma sucessão de coisas boas entremeadas por pequenos desassossegos que a gente assopra pro alto. E tu assopras muito bem que eu sei. Beijo.

Anne M. Moor disse...

Sílvia: Acho que os últimos anos me atrofiaram o sopro!!! Mas estou aprendendo de novo, embora estja cansada de assoprar pro alto... :-)

Suzana: a reengenharia está em funcionamento... :-)

Beijos as duas

Raquel Neves de Mello disse...

Hoje eu também acordei triste. Depois do furacão do ano passado, tava bem de novo, mas hoje bateu um baixo astral. Acho que é só pra me manter esperta, ligada, preparada. Porque se eu tivesse passado 25 anos sem tristezas relevantes, como o FF, não teria sobrevivido ao ano passado. Então, encaro essas pequenas tristezas como treinamento. E já passou!

Anne M. Moor disse...

É Raquel, de tristeza em tristeza ou de assopro em assopro a gente vai aprendendo a lidar com a vida... É, tens que acender uma vela para teu primeiro ano após um sopro forte!!!
Te cuida querida
Beijos

A.Tapadinhas disse...

No "fado tropical" de Chico Buarque e Ruy Guerra, dizem no início do poema:
"sabe, no fundo eu sou um/ sentimental
todos nós herdamos no sangue/ lusitano uma boa dosagem lirismo"
e v., se não tem no sangue, aprendeu muito bem a se comportar como se tivesse... :)
Beijo.
António

Anne M. Moor disse...

António:
Tenho uma boa parcela de sangue espanhol E escocês, o que dá uma mistura interessante :-) e talvez explique "a boa dosagem de lirismo". Gostei dessa idéia. :-)
Beijos

Anônimo disse...

"Esta felicidade que supomos... está sempre onde a pomos mas nunca à pomos onde nós estamos..."(V.Carvalho).
Creio em "estar" feliz ou "estar" triste. Isto faz parte da vida. Principalmente da vida madura.Bj

Anne M. Moor disse...

É Jane... é isso aí. Bom te ver por aqui.
Beijos