quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sei ...

Será que se pode dizer que sabemos o que queremos? Ora uma coisa, ora outra... Nesse vai e vem de vida pululante sei que quero estar junto. Sei que dividir momentos é sublime. Sei que a vida é um momento atrás do outro – alguns bons, outros nem tanto. Sei que estar junto não necessariamente é estar colado fisicamente. É muito mais que isso. É saber o que sentes pelo modo que pintas as palavras e que desenhas os anseios. É saber o que queres pelos dardos de significado que emanam de olhos profundos e carinhosos. É saber teu desejo pelos gestos do corpo. É aprender a explorar todos os sentidos. É companhia, ora silenciosa, ora tão cheia de som. É saber ficar junto em silêncio em uma concha criada de carinho.

Sei que o século novo trouxe relações com formas misteriosas e diferentes. Sei das dúvidas e dos medos que isso causa. Sei que, por ser distinto, lidamos com o espanto dos descrentes. Sei que é possível estar junto não estando. Sei que se pode sentir sem tocar. Sei que se pode tocar sem sentir. Sei que o envolver em redes de carinho e amor é o cerne da vida, seja como aprendemos até aqui, seja como descobrimos através de ondas virtuais que tornam reais o sentir. Sei. Sei que as empatias destapadas pelas palavras, pela poesia da vida, pelo desenvolvimento dos sentidos abrem janelas para uma vida intensa.

Sei que, se deixarmos, o amor guia nossos caminhos por estradas nunca antes trilhados.

© Anne M. Moor - 2009

12 comentários:

Carla P.S. disse...

Eu também sei, nem todos sabem...Mas alguns pelo menos sentem.
Eu sinto muito. Sinto pela vida, e pelos que ainda não sabem.
Um café.

Anne M. Moor disse...

Carla,
Cada um ao seu tempo...

Beijão

Flavio Ferrari disse...

Pelo visto, sabedoria não tem idade ...
Linda postagem Anne.

Anne M. Moor disse...

Flávio:
Obrigada dear! Nem experiência...

Beijos

Silvia King Jeck disse...

Na mosca, querida amiga, na mosca! É por estas e outras que és quem és. Queria ter escrito isto que vem da alma e que me diz muito.

Anne M. Moor disse...

Silvia,
O que vem da alma é fácil escrever. O difícil é quando ele trava na alma... :-) Há muito que queria escrever algo sobre este assunto. Consegui e me sinto melhor!

Beijos

Ernesto Dias Jr. disse...

Eu que o diga. Eu que o diga...

Anne M. Moor disse...

Escreve Ernesto meu amigo do cuore que ajuda a alma a se inspirar...

Bjos :-)

A.Tapadinhas disse...

As últimas postagens do Arguta e Prozac, mostram à saciedade a razão das tuas sábias palavras...
Beijo.
António

Anne M. Moor disse...

António,
Tuas leituras sempre afiadas...

Beijos :-)

Suzana disse...

E não é que é!
Sabedoria ou coragem?
Eis a questão.

Anne M. Moor disse...

Suzana,
Coragem e experiência de vida eu acho.

Beijos dominicais