1959. Memórias de uma viagem entre Jaguarão e Pelotas. Meu tio era diretor do ‘ferrocarril’ no Uruguay, então uma companhia britânica. Vieram nos visitar em Pelotas – tio, tia e 3 primos. Como trabalhava com trens, meu tio resolveu vir de Jaguarão a Pelotas de trem – Maria Fumaça – em vez de vir de ônibus. Ninguém havia contado pra ele que a linha ferroviária entre as duas cidades havia sido paga pelo metro de construção!
Embarcaram. Fazia calor. A paisagem linda. E lá foram. No trem não havia nada, nem água. Volta e meia o trem parava no meio do nada e o maquinista e seu ajudante desciam a tomar chimarrão e observar a paisagem. Certa hora meu tio olhou pela janela do trem e enxergou outro trem do lado... Pasmem. Não era outro trem, era o deles fazendo a curva do ‘pagamento por metro’. Era dia de jogo de futebol e de repente o trem parou mais uma vez e o maquinista, seu ajudante e o resto dos homens do trem se enfiaram num boteco na beira da ferrovia a escutar o jogo. Lá ficaram torcendo enquanto os passageiros esperavam!!!
Chegaram em Pelotas com 3 horas de atraso e a janta que os esperava estava torrada!!! Mais uma aventura nas estradas da vida, embora desta eu não participei. Viver nos anos 50 no sul do Brasil era definitivamente uma aventura.
© Anne M. Moor
Embarcaram. Fazia calor. A paisagem linda. E lá foram. No trem não havia nada, nem água. Volta e meia o trem parava no meio do nada e o maquinista e seu ajudante desciam a tomar chimarrão e observar a paisagem. Certa hora meu tio olhou pela janela do trem e enxergou outro trem do lado... Pasmem. Não era outro trem, era o deles fazendo a curva do ‘pagamento por metro’. Era dia de jogo de futebol e de repente o trem parou mais uma vez e o maquinista, seu ajudante e o resto dos homens do trem se enfiaram num boteco na beira da ferrovia a escutar o jogo. Lá ficaram torcendo enquanto os passageiros esperavam!!!
Chegaram em Pelotas com 3 horas de atraso e a janta que os esperava estava torrada!!! Mais uma aventura nas estradas da vida, embora desta eu não participei. Viver nos anos 50 no sul do Brasil era definitivamente uma aventura.
© Anne M. Moor
3 comentários:
Anne
A vida nos anos 50 era, não era dura, era duríssimá, os funcionários podiam dar-se o luxo de deixarem os passageiros a torrar.
Coisas da vida!
Daniel
Daniel,
Obrigada pela visita e por escolher seguir meu blog. Andei passeando nos seus diversos blogs, muito interessantes. Voltarei.
Ei Anne,
vim agradecer o gesto super simpático de você se inscrever como "seguidora" do bloguinho dos venenos.
Conheço grande parte do Brasil, mas por uma dessas coisas inexplicáveis da vida, nunca fui ao Rio Grande do Sul, outro país dentro do país...
Aqui em Minas há algumas linhas (turísticas, né) nas quais ainda trafegam Marias Fumaça. E "trem" aqui é tão importante que a palavra comporta muitos significados...
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