Das janelas dos meus eus
as paisagens se alternam
Os eus que há de mim não são meus
são daqueles que os enxergam
Quantos reflexos de mim encontrei
Quanto de mim se perdeu em cada encontro
Quantos espelhos em minha alma visitei
Quanto do outro há em mim e do eu há no outro
Fragmentos de vidas de cada personagem
cenários repletos das cores dos meus amores
Diálogos no silencio buscando a imagem
na imensidão dos atos vividos por seus atores
Quantos eus mantenho nas masmorras da memória
personagens de um tempo esquecido, perdidos
Eu finito ser, que vivendo a intensidade de sua historia
encontro-me diante dos meus eus pela vida refletidos
Nunca me encontro pois que sou a imagem formada de mim no outro
Eu, o eu de mim, o eu de ti, o eu dela, o eu deles, infinitos eus
Quem me dera por um único e derradeiro instante findar o desencontro
Vendo refletir a minha imagem no fundo dos olhos meus.
© Vittorio Gilberto Zottino (Um amigo que anda sumido)
as paisagens se alternam
Os eus que há de mim não são meus
são daqueles que os enxergam
Quantos reflexos de mim encontrei
Quanto de mim se perdeu em cada encontro
Quantos espelhos em minha alma visitei
Quanto do outro há em mim e do eu há no outro
Fragmentos de vidas de cada personagem
cenários repletos das cores dos meus amores
Diálogos no silencio buscando a imagem
na imensidão dos atos vividos por seus atores
Quantos eus mantenho nas masmorras da memória
personagens de um tempo esquecido, perdidos
Eu finito ser, que vivendo a intensidade de sua historia
encontro-me diante dos meus eus pela vida refletidos
Nunca me encontro pois que sou a imagem formada de mim no outro
Eu, o eu de mim, o eu de ti, o eu dela, o eu deles, infinitos eus
Quem me dera por um único e derradeiro instante findar o desencontro
Vendo refletir a minha imagem no fundo dos olhos meus.
© Vittorio Gilberto Zottino (Um amigo que anda sumido)
10 comentários:
Belíssimo poema, Anne!
Onde posso ler outras obras desse rapaz?
Beijinhos
Do eu proliferamos tudo.
Cadinho RoCo
Nossas projeções...muito bom, verdadeiro.
Um beijo,
ℓυηα
Janaína,
Lindo né?
O Vittorio é um amigo que conheci aqui e depois pessoalmente em Vinhedo - SP. Ele não tem blog. Este poema ele escreveu como comentário em resposta a um poema meu...
Vamos ver se ele aparece...
Beijos
Cadinho
Ou tudo prolifera em direção ao eu?? :-)
Beijos
Luna
Precisamos deixar nossas projeções existirem e criarem vida!
Beijos
Fernando Pessoa passou por aí? Que beleza! Ou quem sabe Augusto dos Anjos que escreveu "O eu profundo e outros eus".
Bjs p/ vc e abraços p/
Carlos Eduardo,
Os 'eus' nos mantém na ponta dos pés :-)
Anne
Estou praticamente todos os dias com o Vitorio, meu irmão amigo. Darei o recado.
Ele, entre aulas na Faculdade e a luta pela vida, luta ainda para manter nossa Academia Metropolitana
viva.
Abraços. Agradeço tambem por ele. Justíssima homenagem ao meu afilhado.
Lemos
Jorge,
Eu tinha guardado este poema do Vittorio e achei o outro dia! Que bom que vais poder dar o recado pra ele.
Sorte com a Academia...
Beijão
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