Fundo de poço, de um poço bem fundo
Estreito poço de um estreito mundo
Escuro e negro, útero infecundo
Sem sol nem lua e nem cor nem nada
E nele eu, a ensimesmar loucuras
A remoer a mágoa acumulada
Choro a tecer da dor uma armadura
(enquanto o povo ri na arquibancada)
Eis que embargada tua voz me fala
Emocionada e da raiva despida
Fala do amor que só em ti existe
Explode a luz, a multidão se cala
Eu me transmuto, cura-se a ferida
Louco talvez; não mais um louco triste
Ernesto Dias Jr. (26/05/2006)
Afrodite feiticeiro do amor - by AntónioTapadinhas
Estreito poço de um estreito mundo
Escuro e negro, útero infecundo
Sem sol nem lua e nem cor nem nada
E nele eu, a ensimesmar loucuras
A remoer a mágoa acumulada
Choro a tecer da dor uma armadura
(enquanto o povo ri na arquibancada)
Eis que embargada tua voz me fala
Emocionada e da raiva despida
Fala do amor que só em ti existe
Explode a luz, a multidão se cala
Eu me transmuto, cura-se a ferida
Louco talvez; não mais um louco triste
Ernesto Dias Jr. (26/05/2006)
Afrodite feiticeiro do amor - by AntónioTapadinhas
11 comentários:
Anne, vc conhece o Ernesto a bem mais tempo que eu...
Se fez um poema assim tão trsite, tem suas razões...
Sei não, senti tantas emoções contidas e retidas nas palavras...
Sei que ele é um pouquinho rabugente...rsrsrs
Bem, de qualquer forma, ficou maravilhoso!
Beijos e carinhos!
PS: Amo o Tapadinhas...rs Adoro as Pinturas dele...rsrs Lembro quando vc colocou aquele pintura...rs
Ava,
O Ernesto é um poeta maravilhoso de uma sensibilidade ímpar...
Beijos
Anne:
(corando)
Obrigado moça.
Ava:
Já passou, já passou.
Obrigada pelo 'moça' Ernesto :-) E você merece moço! E queremos te ver poetando novamente...
Grande abraço
...em tantos momentos
ensimesmados descemos
ao fundo do poço,
e de lá tiramos
a força, o impulso
para o céu alcançar!!!
poema dolorido,
mas intenso em
emoções!
bjbj
Vivian,
Tuas leituras são poesia em si...
Beijos
Não posso descurar dois dias (que digo eu, um dia!), que acontecem coisas logo factos importantes...
Aconteceu com a amiga Avassaladora, e aconteceu agora contigo!
O teu poema tem uma força de que eu, pobre de mim, não te julgava capaz!
Deve ser a força inspiradora de Ernesto, o super-herói...
Beijo.
António
António!
O poema não é meu... É do Ernesto... rsrsrs O meu último poema que postei foi "Nowhere"...
Ernesto o António ficou tão impactado que se enganou de autor rsrsrsrsrs
Beijão
Pronto, peço desculpa aos dois!
O meu comentário, mostrou a minha estranheza...
se houver alguma coisa que se possa considerar estranha, vinda de ti, no que diz respeito às letras!
A minha vénia vai direitinha para Ernesto, pela força telúrica do soneto!
E, já agora, pelo refinado gosto na escolha da ilustração...
rsrsrsrs
Beijo.
António
António,
Assim, como diz o Ernesto, vou corar...
Abração
Gente, que santa confusão!
Mas genhei mais elogios (quem não gosta?) e corei traveis.
Um abraço, Anne e António.
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