A ARANHA do meu destino
Faz teias de eu não pensar.
Não soube o que era em menino,
Sou adulto sem o achar.
É que a teia, de espalhada
Apanhou-me o querer ir...
Sou uma vida baloiçada
Na consciência de existir.
A aranha da minha sorte
Faz teia de muro a muro...
Sou presa do meu suporte.
by Fernando Pessoa
Faz teias de eu não pensar.
Não soube o que era em menino,
Sou adulto sem o achar.
É que a teia, de espalhada
Apanhou-me o querer ir...
Sou uma vida baloiçada
Na consciência de existir.
A aranha da minha sorte
Faz teia de muro a muro...
Sou presa do meu suporte.
by Fernando Pessoa
10 comentários:
A aranha
Não arranha
Se é presa
Não é surpresa
A sua sorte
Não ter suporte.
:)
Beijo aracnídeo (1.º!)
António
Enredados na própria história, como se sentença fosse opção.
A vida é irônica, mesmo...
Beijos, Anne, espero que esteja melhor, com o coração menos pesado, agora.
Bom fds, tá?
ℓυηα
E as teias se enredam e me enredam e nelas faço caminhos
que desconheço
no equilíbrio de um fio tênue
que desalinha o futuro
e enovela o passado.
Tudo muito silencioso.
António
rsrsrsrs
Beijos aracnídeos tbm :-)
Luna
Obrigada e sim estou mais light :-)
Beijos
Anne
Maria Alice
O bom da vida é desconhecer o próximo passo... Nénão?
Beijo
Anne
Anne, os poetas são como aranhas que tecem suas teias com palavras e, nós, benditos desavisados caímos nelas.
Bom existir você, Fernando Pessoa, Florbela Espanca...
bjs enredados
Carlos Eduardo
E de teia em teia Carlos Eduardo vamos andando, nos enredando e achando o caminho... ou não...
Beijos desenredantes :-)
Anne
Ai, isso é lindo, Anne!!!
Bj, Tê!
Oi TÊ!
Fernando Pessoa sabia das coisas!! :-)
Beijão
ANne
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