sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A Aranha


A ARANHA do meu destino
Faz teias de eu não pensar.
Não soube o que era em menino,
Sou adulto sem o achar.
É que a teia, de espalhada
Apanhou-me o querer ir...
Sou uma vida baloiçada
Na consciência de existir.
A aranha da minha sorte
Faz teia de muro a muro...
Sou presa do meu suporte.

by Fernando Pessoa

10 comentários:

A.Tapadinhas disse...

A aranha
Não arranha
Se é presa
Não é surpresa
A sua sorte
Não ter suporte.
:)
Beijo aracnídeo (1.º!)
António

Luna Sanchez disse...

Enredados na própria história, como se sentença fosse opção.

A vida é irônica, mesmo...

Beijos, Anne, espero que esteja melhor, com o coração menos pesado, agora.

Bom fds, tá?

ℓυηα

Maria Alice Estrella disse...

E as teias se enredam e me enredam e nelas faço caminhos
que desconheço
no equilíbrio de um fio tênue
que desalinha o futuro
e enovela o passado.
Tudo muito silencioso.

Anne M. Moor disse...

António
rsrsrsrs

Beijos aracnídeos tbm :-)

Anne M. Moor disse...

Luna

Obrigada e sim estou mais light :-)

Beijos
Anne

Anne M. Moor disse...

Maria Alice

O bom da vida é desconhecer o próximo passo... Nénão?

Beijo
Anne

celeal disse...

Anne, os poetas são como aranhas que tecem suas teias com palavras e, nós, benditos desavisados caímos nelas.
Bom existir você, Fernando Pessoa, Florbela Espanca...
bjs enredados
Carlos Eduardo

Anne M. Moor disse...

E de teia em teia Carlos Eduardo vamos andando, nos enredando e achando o caminho... ou não...

Beijos desenredantes :-)
Anne

Anônimo disse...

Ai, isso é lindo, Anne!!!
Bj, Tê!

Anônimo disse...

Oi TÊ!

Fernando Pessoa sabia das coisas!! :-)

Beijão
ANne